Agonia da fome

Se podemos apontar um mal que assombrou e assombra os brasileiros, um mal que abrange os âmbitos histórico, político, ambiental e econômico, é a fome.
A fome, esta que deixa a sua vítima em um estado de vulnerabilidade. Esta que agride principalmente aqueles que menos têm amparo social.
Nesta conversa importante, Maria do Carmo Freitas, que já deu aula na Universidade Federal da Bahia e hoje faz pesquisa na área de Segurança Alimentar e Nutricional, apresenta seu livro “Agonia da fome” e aponta o deprimente cenário atual do país: mais da metade da nossa população convive com a insegurança alimentar em algum grau.
Maria do Carmo investigou a fome pela lente da etnografia, ou seja, olhando as pessoas que sofrem com a fome por um olhar mais profundo de comportamentos, crenças e costumes. Ela fala dessa pessoa como alguém que não sente a fome só como um vazio no estômago, mas também na fraqueza do corpo e do espírito.
Nessa busca, compreendem-se os significados e os valores simbólicos da fome.
O que podemos refletir sobre a fome?
Entendemos que a fome, além de um número entristecedor em um grande mapa, ela também é espelhada nas vidas de quem sofre com ela. A forma como as pessoas que sofrem de fome pensam, como lidam com essa injustiça, e de que jeito a fome as impacta, pode-se entender melhor com o livro “A Agonia da Fome”
Para entender melhor e ficar por dentro dessa interessante discussão, assista ao vídeo do “Papo à Mesa” Verakis sobre o livro “Agonia da Fome” de Maria do Carmo Freitas pelo : https://www.youtube.com/watch?v=5heQLoPHhUM
Texto por Lauren Yurgel, nutricionista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.